A VIDA DO VIADUTO

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Certifique-se de conferir o "caderno" online redigido pelos integrantes ao longo do desenvolvimento do trabalho, relatando as experiências vivênciadas com a realização do mesmo.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

04/07: Um rio invisível aos olhos do trânsito.

O principal curso d’água que corta BH foi deixado de lado à medida que a cidade cresceu. Hoje o que vemos é um caminho de cimento por onde passa água suja.O Arrudas é um ribeirão que nasce no Barreiro e desce por parte de Belo Horizonte até encontrar com o Rio das Velhas em Sabará.

São vários os córregos que nele desembocam ao longo do percurso, sendo eles: Jatobá, Barreiro, Bonsucesso, Cercadinho, Piteiras, Leitão, Acaba Mundo, Serra, Taquaril, Navio-baleia, Santa Terezinha, Ferrugem, Tijuco, Pastinho entre outros. Juntos, eles formam a bacia do Ribeirão Arrudas. Apesar de a maioria das nascentes serem de água limpa, quase todo o esgoto produzido em Contagem e Belo Horizonte é despejado sem tratamento no rio.

O que acaba comprometendo também as bacias do Rio das Velhas e do Rio São Francisco. A água limpa da principal nascente no Barreiro, foi contaminada ao longo das décadas no trajeto até chegar completamente poluída ao Rio das Velhas, em Sabará. A mais de 100 anos o principal curso d’água que corta BH começou a sofrer as consequências de uma cidade que cresceu e já despertava a atenção das autoridades para a poluição.

O projeto Linha Verde  entre a Alameda Ezequiel Dias passando pelo viaduto Santa Tereza, praça da estação e finalizando na Avenida do Contorno no cruzamento com Rio de Janeiro ocasiounou a cobertura do Rio Arrudas, impossibilitando a sua visualização.

O concretamento do seu leito somado à impermeabilização crescente do solo tem causado nos ultimos anos enchentes cada vez mais destrutivas ao longo das bacias do Arrudas e Rio das Velhas.Atualmente o nível de poluição está acima dos ideiais para cursos d’água. Estando o Rio Arrudas na classe 3. Nesta categoria, estão as águas onde é permitida navegação mas proibido o mergulho.

Ao todo, 57% do rio Arrudas já estão fora do seu curso natural e correndo por canais de concreto.

Texto Original © "A Vida Do Viaduto" ®

04/07: Um ídolo internacional que caminhou pelo Viaduto

Entre as primeiras décadas do século XX durante alguns anos entre de 1920 e 1930 um jovem costumava andar pelos arcos do Viaduto Santa Tereza. Este que saía da região Centro-Sul da capital, do bairro Floresta, passava pelo Viaduto Santa Tereza no seu caminho e chegava ao Centro de Belo Horizonte, mais precisamente à Avenida Augusto de Lima, na Imprensa Oficial – prédio em estilo neoclássico localizado na Avenida – onde trabalhava naquela época. Sede da história da impressa Mineira que atualmente em 2016 corre risco de ser extinta conforme a reforma administrativa do governo estadual.

Esse jovem, anos mais tarde, teria a obra reconhecida internacionalmente. Carlos Drummond de Andrade considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Foi também um contista e cronista brasileiro e um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo no Brasil.

"Ele naturalmente subia o arco do Viaduto Santa Tereza, sem que ninguém percebesse.", disse Afonso Borges (curador do 1º Festival Literário Internacional de BH) ao portal G1 em Março de 2015. Ainda se é possível ler "(...) Drummond voltava para casa compondo novos poemas. Desafiou a realidade do ar, passeando por cima dos arcos do Viaduto Santa Tereza. (...) Assim, como quem passa debaixo do Arco-íris se encanta, o arco-íris figurativo do viaduto, encantou o poeta e outros que vieram depois dele, passariam pelo mesmo 'batismo literário' dos arcos do Santa Tereza, (...)" afirma Petrônio Souza, produtor artístico e fotógrafo, em seu texto "Drummond, o pescador de estrelas." no site Tanto Literatura.

"O Viaduto Santa Tereza tem sido uma referência urbana obrigatória para várias gerações de escritores e artistas. O Viaduto estendido por cima do turvo Arrudas, por cima dos trilhos da Oeste Central, reconduzia Carlos Drummond de Andrade da Rua da Bahia, fervilhante e moderna, para a Minas interior do alpendre com pinturas a óleo de castelos, do uivo noturno dos trens na noite silenciosa. Foi nesse clima que o poeta arriscou a loucura escalada dos arcos, rito de passagem, risco penitencial." – diz o parágrafo retirado da nota do fotógrafo Lucas Vieira em sua galeria do site Trekearth.

Texto Original © "A Vida Do Viaduto" ®

domingo, 3 de julho de 2016

03/07: O viaduto como um Lar.

Um ambiente de lazer Vs. Um abrigo

Para os andarilhos, ou 'moradores de rua', o que realmente importa, além da alimentação, é ter um lugar seguro onde se abrigar. A maioria dos conhecidos 'sem teto' levam consigo por onde vão o que eles chamam de 'conforto'. Cobertores, travesseiros surrados, pedaços de colchonete e caixas de papelão que são ganhados ou adquiridos com maior dificuldade para estes que não constituem renda.

Durante uma conversa com Marco Antônio, um dos moradores de rua, de 37 anos, que permanece no Viaduto Santa Tereza, ele contou o porquê da escolha do viaduto para morar e como o mesmo se abriga em dias de evento no local: "Moro no viaduto já fazem alguns anos, não muitos. Gosto daqui porque é seguro e nos dias de chuva e frio eu não passo aperto. O ruim mesmo é quando fazem festas por aqui, pois em algumas delas eu me vejo obrigado a sair e só posso voltar quando não tem mais ninguém, independente da hora." afirmou o senhor que nos contou em poucas palavras uma grande e ainda assim triste realidade cotidiana.
                                                                                                                              
Marco diz que "(...) em alguns eventos até que as pessoas não se incomodam com a permanência de um mendigo, mas quando não posso ficar no viaduto, não saio das redondezas dele porquê um lugar que é tão bom pra mim não pode ser de outra pessoa." ressaltou ele. Não é egoísmo, são táticas, estratégias e técnicas de sobrevivência. Apesar de todo transtorno que enfrentam, quem escolheu o viaduto para se abrigar não abre mão do seu 'cantinho'. 

Para muitos o viaduto não passa de um ambiente de lazer e diversão, um trajeto diário ou ponto de encontro, mas para um morador de rua, é tudo o que ele tem.

Texto Original © "A Vida Do Viaduto" ®

segunda-feira, 27 de junho de 2016

27/06: Pauta #7 para Reportagem

Tema: "A realidade comum de moradores locais"

Responsável pela Pauta: Caroline Gomes
Equipe: Caroline Gomes

Equipamentos: Aparelho Celular e seu bloco de notas digital.

Data e Horário: Segunda, 27/06/16, 18hs
Ponto de Encontro da Equipe: Parte de baixo do Viaduto em frente a Serraria Souza Pinto.

Abordagem: Esta cobertura hiperlocal visa mostrar uma realidade que é irrelevante aos frequentadores de eventos locais.
Justificativa: A contribuição dessa matéria para o recorte hiperlocal é despertar e reativar o lado humano do leitor e dos frequentadores, passageiros e turistas.

Entrevistado: Marco Antônio.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

02/06: Pauta #6 para Reportagem – Charada #2

Tema: "Há um rio por debaixo do Viaduto Santa Tereza?"

Responsável pela Pauta: Professor Reinaldo Maximiano
Equipe: Patrícia Teixeira.

Data e Horário: Quinta-feira, 02/06/2016, às 13h46.

Abordagem: Esta cobertura hiperlocal visa mostrar se há um rio por debaixo do Viaduto Santa Tereza. 
Justificativa: A contribuição dessa matéria para o recorte hiperlocal é dizer qual seria este rio.


02/06: Pauta #5 para Reportagem – Charada #1

Tema: "Um jovem costumava andar pelos arcos do Viaduto Santa Tereza. Esse jovem, anos mais tarde, teria a obra reconhecida internacionalmente."

Responsável pela Pauta: Professor Reinaldo Maximiano
Equipe: Marcus Vinícius e Lorena Cordeiro

Data e Horário: Quinta, 02/06/2016, às 14h11.

Abordagem: Esta cobertura hiperlocal visa mostrar: Quem era esse jovem? O que ele fazia? 
Justificativa: A contribuição dessa matéria para o recorte hiperlocal é dizer se outros jovem imitaram esse ato e quem são.


sábado, 28 de maio de 2016

28/05 Estado de Minas: Dança Libertadora, "Conheça o 'Vogue', dança de empoderamento que arrebata adeptos em BH"

Com o nome inspirado em revista de moda, duelo de vogue é uma dança de autoafirmação de mulheres, homens, gays e transexuais e se transforma em espaço de expressão

Texto por Márcia Maria Cruz, Estado de Minas.

Os braços traçam linhas retas, enquanto os punhos giram no próprio eixo com a mesma rapidez com que os quadris vão de um lado para o outro em deslocamentos que remetem, ao mesmo tempo, à leveza de uma garça e à rapidez de um ninja. Chamam atenção pela plasticidade e dificuldade, mas os movimentos que conquistaram Madonna, nos anos 1990, são mais que uma dança. Em Belo Horizonte, transformaram-se em espaço de expressão e empoderamento de mulheres, homens, gays e transexuais. “O vogue é uma dança de autoafirmação. Quando a gente pensa que ele foi criado por pessoas que eram excluídas da sociedade, ele afirma essas pessoas. Chega para dar lugar a elas. E a mulher se encontrou muito nesse lugar”, diz a professora e integrante do Trio Lipstick, Maria Teresa Moreira, de 25 anos.


A comunidade do vogue acolhe quem chega, sem restrição de idade, tipo físico e classe social. Na pista, todos podem, literalmente, se jogar no dip, movimento em que o corpo gira no próprio eixo, levando as costas ao chão, enquanto uma das pernas se ergue no ar. Não se pode dizer que todos são iguais. Pelo menos em termos de performance, não. Cada um dança a seu modo num processo inevitável de confrontar-se consigo mesmo.

A dança ganha seguidores, contribui para a afirmação de grupos sociais excluídos e conquista jovens de classe média da cidade. Foram abertas classes para aulas, com a adesão de mulheres de todas as idades, como é o caso da decoradora Cássia Rodrigues Sigaud, de 53. “A dança exige muita coordenação e tem que ter muita agilidade e me faz mexer com os neurônios”, brinca. Os movimentos também dominam festas em espaços de ocupação da juventude, como o Viaduto Santa Tereza, e alternativos, como a Gruta, no Horto, e Benfeitoria, na Rua Sapucaí, na Floresta. Seguem dois formatos: as jams, termo emprestado do jazz para designar as apresentações livres e improvisadas, quando todos podem se arriscar, e os duelos, quando ocorrem as disputas.

Diante da expansão da cultura, a jornalista Danielle Pinto criou o site BH is voguing para falar da história da dança. “O primeiro marco para o surgimento são as cadeias americanas nos anos 1940, entre os gays. A revista que permitida era a Vogue. Gays e trans usavam aquelas poses das modelos, imitavam aquele jeito, aquela sensação que elas passavam. Mais tarde, entre 1970 e 1980, esse repertório foi para rua, as periferias de Nova York, o Harlem, principalmente”, lembra.

Enquanto as jams são informais, os duelos são o momento de investir no vestuário e maquiagem. Um dos mais importantes da cidade é a Dengue, festa da diversidade em que os amantes da cultura vogue se apresentam. Se os movimentos são poses, a moldura é formada pelo público que acompanhar os duelos onde os dançarinos performam. Antes de começar as disputas, cada um apresenta nas runways a persona com quem duelará.

Quem vê a primeira vez pode até pensar que os dançarinos combinam os passos com antecedência. Mas a coreografia se faz a partir da resposta que dá ao outro e a execução milimétrica de cada movimento demonstra o nível de destreza do dançarino. Mas não basta braços e pernas. No vogue, é preciso caras e bocas, no linguajar próprio, fica melhor na foto quem faz carão.

É vestido com meia-calça e blusa do tipo arrastão, cinto largo, capacete, salto agulha de 15 centímetros e barba cerrada que o ator Guilherme Augusto disputa. “Essa é a minha caracterização para duelar. Nunca me imaginei vestir desse jeito. Gosto de mistura. A barba remete ao masculino, enquanto o salto e a meia-calça arrastão, ao feminino. As pessoas ficam em dúvida e perguntam o que eu sou. Sou a Bala Perdida”, diz. Outra referência do movimento na capital é a mulher trans Cristal Lopez, que venceu oito vezes o duelo. “É uma dança libertadora, a começar pela história”.

SEM LIMITES - Um dos maiores vencedores do duelo, o estudante de moda Lázaro dos Anjos, de 23, se encontrou no vogue. O primeiro contato foi aos 12 anos, quando assistiu ao clássico Paris is burning, filme lançado, em 1991, que conta a história de um clube onde os negros americanos iam para dançar vogue. “O vogue permite que você seja o que desejar”, diz Lázaro, que assistiu a dança em Belo Horizonte pela primeira vez na apresentação do Trio Lipstick, durante a Virada Cultural de 2013.

Lázaro diz que, na Dengue, não enfrenta os olhares de reprovação que recebe quando anda pelas ruas da capital. “Sei quando me olham com aprovação e quando com repúdio. Não estou nem aí para quem está me olhando e me julgando. Tenho o direito de vestir a minha saia, passar meu batom e usar meu rímel. Sou um transgressor da imagem.”

Danielle e Paula Zaidan, de 23, bailarina e integrante do Lipstick, explicam que o vogue é mais do que uma dança, se transformou num estilo de vida. Paula lembra que tem alunos com idades que vão de 15 a 60 anos. “Muito legal ver pessoas com mais de 50 anos que sabem das limitações, mas não deixam de sentir que dançam vogue.” Nas jams, tanto a estudante Mariana Serrano, de 16, quanto a advogada Rafaela Viana, de 30, e o cenógrafo Ricardo Bizafra, de 31, não têm medo de se arriscarem. “Vim para cá para escapar do mundo corporativo engessado e quadrado”, diz Rafaela, que no trabalho tem responsabilidades contábeis e jurídicas. Para Bizafra, o vogue o possibilitou dançar, o que era uma vontade antiga. Ele ainda garante que não se sente desconfortável com o gestual que remete, ao observador mais conservador, ao universo feminino.

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sexta-feira, 27 de maio de 2016

27/05: Encerramento do FIT BH 2016 no Viaduto Santa Tereza

Domingo, 29/05/2016: CLAKE, 15hs (Circo Amarillo Argentina/Brasil)

Foto: Reprodução.
Clake é um espetáculo cômico que acentua o trabalho da dupla Marcelo Lujan e Pablo Nordio como palhaços excêntricos musicais. Sequências de gags clássicas são combinadas com a linguagem contemporânea da dupla e resultam num espetáculo de palhaçaria cômica física e musical. Uma interessante experiência de sonoridades e circo que diverte o público de todas as idades.

Direção: Domingos Montagner
Autoria: Circo Amarillo
Elenco: Marcelo Lujan e Pablo Nordio

Classificação: Livre
Duração: 60 min.

HORA: (Domingo) 15:00
Evento: FIT BH 2016
LOCAL: Viaduto Santa Tereza, Av. Assis Chateaubriand, 619 – Centro

Fonte: fitbh.com.br

quinta-feira, 26 de maio de 2016

26/05 MGTV: FIT vai até domingo em Belo Horizonte

Feriado prolongado é uma boa oportunidade para aproveitar as peças. Evento leva espetáculos a diversos espaços da capital mineira.

O feriado prolongado é uma boa oportunidade para aproveitar as peças do Festival Internacional de Teatro (FIT) em Belo Horizonte. O evento vai até este domingo (29) e leva espetáculos a diversos espaços da capital mineira.

Um deles é “Horror Vacui Hamlet”. Para interpretar uma caveira, a atriz Bruna Sousa e os companheiros de cena se transformam. Olho fundo, cabelo todo bagunçado e unhas pintadas de preto.
No palco, luz e cenário sombrios. Os atores interpretam um dos textos mais famosos de Shakespeare: Hamlet. É um espetáculo com música, dança e algumas frases muito conhecidas do público, como “ser ou não ser, eis a questão”.

O nome da peça vem do latim e traduzido significa o "Horror no Vazio". A apresentação faz tudo mundo pensar.

“São reflexões muito solidas sobre quem você realmente é. Quem você é, quando não está na frente de ninguém. Você com você mesmo. E as relações que muitas vezes as pessoas se submetem, porque devem uma satisfação para a sociedade ou nas relações inclusive mais próximas”, afirma o diretor do espetáculo, Luiz Arthur.

E no FIT, lugar de ator também é na rua. As apresentações ao ar livre atraem olhares curiosos e pegam muita gente de surpresa. No espetáculo chileno “Con Su Permiso”, apresenta-se o palhaço Tuga. Ele é meio maluco: pega carona na moto, rouba algodão doce, faz a maior força para puxar o ônibus, bagunça o trânsito todo.

De acordo com diretor da Fundação Municipal de Cultura, Jefferson Fonseca, a programação do FIT ainda traz apresentações de outros países, como Itália E Grécia. No encerramento, segundo ele, haverá encontro de várias atrações no Viaduto Santa Tereza.

A programação completa está disponível no site do FIT.
Fonte: G1

quarta-feira, 25 de maio de 2016

25/05: A vida dos caixeiros em meio a vida do Viaduto.

Os “Caixeiros”, como gostam de serem chamados, estão presentes no dia-a-dia dos Belo Horizontinos. Eles estão em todos os tipos de eventos culturais, desde o Carnaval até o Duelo de MCs no Viaduto Santa Tereza. São ambulantes, pessoas que preferem comprar bebidas em distribuidoras e, normalmente, as vendem em caixas de isopor nas ruas da capital mineira. 

O coletivo Família de Rua – que "acredita na essência da cultura urbana" – procura sempre ajudar quem precisa, como os próprios ambulantes que trabalham nos eventos organizados por eles.

Quando ocorre de Policiais apreenderem, embargarem, confiscarem seus produtos, os organizadores buscam doações, até arrecadarem o valor necessário para suprir prejuízos que os Caixeiros sofrem em dias destas situações. Para assim obterem a possibilidade de adquirir, comprar mais e prosseguirem conseguindo sustentar suas famílias – que na maioria das vezes, se torna  a oportunidade melhor de emprego, seja pela escolaridade ou pelos preconceitos de raça, biotipo, aspecto físico, origem  ou classe social (que ainda se fazem presentes em nossa sociedade atualmente).

Elizabete Santos é uma dessas ambulantes. A comerciante de 41 anos de idade, que trabalha para sustentar a casa, conversou com a gente e contou um pouco de sua história. Separada, ela cria e cuida de seus dois filhos, o mais novo de 9 anos, e o mais velho de 21 anos – Este último que também trabalha para o sustento, até já possui seu próprio automóvel e casa. Elizabete afirma que infelizmente já perdeu oportunidades de emprego em razão do tom de sua pele. Mas conta também que mesmo trabalhando como ambulante ela ainda consegue obter um lucro maior, uma condição melhor de vida, do que quando se trabalha de carteira assinada em um emprego fixo. O que não impede a mesma de ter uma perspectiva maior de vida. Sonha em abrir uma sorveteria e/ou uma loja de doces – pois adora crianças – e conseguir viver com isso.

Texto Original © "A Vida Do Viaduto" ®

segunda-feira, 23 de maio de 2016

23/05: Duelo de Respeito. Música, arte e poesia em forma de alegria compartilhada.

Com organização e apoio do grupo Família de Rua, mais um Duelo de MCs aconteceu neste último Domingo (22) na parte de baixo do Viaduto Santa Tereza a frente da Serraria Souza Pinto. Programado para as 14hs, muito antes disso já se era visível a chegada de uma parte do público.

Ao chegar ao evento como esse, a primeira percepção que se tem do público é que todos ali presentes são muito semelhantes na maneira de se vestir, há um estilo predominante. Andando pelo mesmo outros aspectos são claramente perceptíveis como, vários grupos e rodas de amigos que se encontram, um espaço que é de alguma forma reservado e com certeza respeitado por todos para a grande prática de skate mesmo durante o evento. É notável que se trata de um programa realmente “jovem”, e talvez bem menos para a família.

Desde o principio verifica-se que existem aqueles que se fazem presentes realmente pela música a acontecer no evento. Estes se aglomeram desde antes do início à frente do palco sede e centro dos acontecimentos.

Antes do auge da tarde, mas ainda sim cumprindo a programação do encontro os trabalhos do artista visual "Um Dias" – convidado pela curadora Carolina Jaued – começam paralelamente ao palco com a sua pintura em uma das pilastras do Viaduto, já com a grande presença do público aguardado. Durante o processo de construção do desenho no painel, é incontestável o enorme talento do artista, com prática e técnica igualmente notáveis. Sem falar nos olhos fixos dos espectadores que rapidamente criam admiração mesmo que a distância.

Enquanto isso e até que se iniciem os duelos, para sustentar o clima de celebração daquela cultura a organização preocupa o tempo todo em manter músicas de um gênero familiar e comum ao gosto de sua audiência. Audiência essa que em nenhum momento se atenta a qualquer tipo de “choque racial”, o evento atrai e se constitui pessoas de todas as regiões de Belo Horizonte, mesmo que exista uma faixa de idade aparentemente muito precisa.

Se existem pontos fracos para se apontar, é possível citar o comércio de bebidas alcóolicas sem qualquer supervisão para menores de idade e o grande consumo cigarros – legais ou ilegais. O que talvez seja negativamente surpreendente, é encontrar mães aparentemente muito jovens, com suas filhas, e consumindo tabaco sem consciência de saúde. Ou ainda, o que possa ser relevante para alguns, a falta policiamento, ou saneamento.

Terminados os olhares para o público e as percepções de tudo que o cerca, por volta de 16h40 os se teve início das atividades no Palco. Muito brevemente, em cerca de cinco minutos a organização fez sua introdução nos microfones e a devida apresentação dos MCs. Que na sequência já começaram a mostrar porquê mereciam estar ali, dando a “plateia” o que eles tanto queriam.

O público realmente se transforma com o início das rimas. As primeiras rimas são como um despertador para qualquer um ali presente, bem de perto ou um pouco mais a distância.



Uma visão de um frequentador de “primeira-viagem”, ou talvez não, é a de que como é bastante impressionante a capacidade de improvisação no momento do denominado “duelo”. Com seus temas decididos ali no início e também durante as rimas, estes temas variam, variam e variam muito daquela inicial, daquele primeiro verso. Desde uma cultura própria e real, indo à religião, criação, infância, trabalho, futuro. Assim como a realidade pobre local, vivenciada talvez pela grande maioria ali, e com certeza pelos os que portam os microfones. Instrumento este que até, por sinal, também tornou parte dos versos.

Ao final, uma última percepção – depois da diversão, “curtição”, alegria e sorrisos – Aqui independentemente do resultado final, existe um respeito mútuo muito grande e evidente entre todos, mas principalmente entre os MCs. Por mais que durante as rimas exista um clima de “batalha”. No fim a alegria é compartilhada por todos, e o que é importante prevalece. Respeito.

Texto Original © "A Vida Do Viaduto" ®

23/05: Projeto social dá um show de talento no Festival Cidade Viva. Conheça o Grupo Focus que se apresentou no Viaduto.

Programada para às 10h15 da manhã do último Domingo (22) durante a 3ª Edição do Festival Cidade Viva em Belo Horizonte a apresentação Bloco Show no Palco Kids (montado em uma das extremidades do Viaduto Santa Tereza) começou  atrasada cerca de 2 horas do horário marcado. Tendo seu término por volta de 12h40.

O grupo de percussão “Grupo Focus” (Grupo de Formação Cultural e Socialização) é um projeto de um trabalho social que acontece nas Escolas Estaduais Deputado Manoel Costa (Céu Azul) e Deputado Álvaro Salles (Trevo), assim como em outras várias escolas de Belo Horizonte e região metropolitana, patrocinado na Lei de Incentivo à Cultura.

Após a apresentação, Alexsander (o “Xande”) da Silva Alfredo, Universitário de 27 Anos, residente do Bairro Jardim América na Capital, um dos membros que começou nas oficinas do projeto e que hoje faz parte da coordenação do grupo conversou com a gente.

Sobre a recepção do público do Festival, Alexsander nos disse que é “Muito bacana! É calorosa! A nossa atividade propicia isso também.”, mesmo que o público tenha sido um pouco menor na apresentação deste ano. No geral com o final da apresentação o coordenador nos afirmou que os jovens “Estão muito felizes! Para eles tocar é muito bom! E a recepção do Público ajudou!”.

Entrando no contexto da história do grupo o coordenador nos conta: “São jovens que vivem em risco social. Então o Festival é uma oportunidade de eles estarem conhecendo outros ambientes, outros espaços. Então isso para eles é magnífico.” O grupo se apresenta no Festival desde a sua primeira edição. Com isso eles são capazes afirmar que a produção do evento hoje está mais organizada.

Já em relação a agenda do projeto ele conta que “No ano são muitas apresentações. Por ser um projeto de governo e as apresentações serem totalmente gratuitas, as apresentações são muito solicitadas, então a agenda vai se renovando e sendo atualizada  de acordo com interesses do governo e particularidades.” Então para definir o momento atual do projeto seu coordenador diria que a agenda “está bombando!”.

Partimos para a relação para com o Viaduto Santa Tereza. Sendo subjetivo, Alexsander nos conta que “Frequentava muito mais antigamente no ‘rap’. Porém hoje trabalhando com Projeto Social e fazendo Faculdade não me sobra tanto tempo assim para vir ao Viaduto”. Mas sobre a frequência dos jovens que integram o grupo o jovem coordenador pôde nos contar que “Os meninos vem no ‘rap’! São vários estilos envolvidos entre eles. Mas tem a galera que vem no ‘rap’, muito deles, os mais velhos principalmente!” ressaltando que “Os mais novos nem tanto!” dizendo que as crianças do grupo vão ao Viaduto Santa Tereza para o Festival Cidade Viva geralmente.

Mais tarde, em uma das tendas na outra extremidade do Festival Cidade Viva, Alexsander se juntou aos jovens do Bloco novamente para uma Oficina de Percussão, ensinando a um número de crianças presentes um pouco do que se pode aprender no grupo. As crianças felizes com a oficina participaram até o fim. Os pais as acompanhavam, e a todo momento faziam questão de registrar em fotos a atividade.

Para mais informações e sobre como participar do projeto e das oficinas você pode procurar por “Grupo Focus” ou “Bloco Show” em redes sociais como Facebook, Twitter e YouTube. Destacando que as oficinas oferecidas pelo Projeto não se restringem a somente Música e Percussão, mas engloba também Dança e Teatro.

Texto Original © "A Vida Do Viaduto" ®

domingo, 22 de maio de 2016

22/05: Pauta #4 para Reportagem

Tema: "Os Caixeiros do Viaduto"

Responsável pela Pauta: Arthur Barbosa
Equipe: Arthur Barbosa e Henrique Faria

Equipamentos: Gravador de áudio de aparelho celular.

Data e Horário: Domingo, 22/05/16, a partir das 20hs
Ponto de Encontro da Equipe: Viaduto Santa Tereza

Abordagem: Esta cobertura hiperlocal visa mostrar como é o cotidiano de vida dos Caixeiros presentes no Viaduto Santa Tereza.
Justificativa: A contribuição dessa matéria para o recorte hiperlocal é complementar a ideia formada pelas pessoas do Viaduto Santa Tereza.

Entrevistados: Elizabete Santos.


sábado, 21 de maio de 2016

21/05: Pauta #3 para Reportagem

Tema: "DUELO DE MCs"

Responsável pela Pauta: Henrique Faria.
Equipe: Arthur, Henrique, Marcus e Ronaldo.

Equipamentos: Cadernos de Anotações e Câmera para registro fotográficos.

Data e Horário: Domingo, 22/05/16, a partir das 15hs
Ponto de Encontro da Equipe: Parte de baixo do Viaduto Santa Tereza, entre a porta da Serraria Souza Pìnto e a Rua Aarão Reis.

Abordagem: Esta cobertura hiperlocal visa mostrar mais uma edição do clássico Duelo de MCs, em seu 9º Ano de Realização.
Justificativa: A contribuição dessa matéria para o recorte hiperlocal é principalmente mostrar como a cultura faz a união.

Conhecimento Prévio por Parte da Equipe
Arthur: "Evento que reina a cultura hip-hop, onde MCs fazem batalhas de rimas improvisadas."
Caroline: "Já tinha ouvido falar. Não sei como é por nunca ter ido ao evento, mas sei que se trata de uma competição musical. Acontece um duelo entre os MCs conhecidos nacionalmente, onde eles fazem rimas competindo entre si. Vence quem for melhor."
Henrique: "Sei como é, e acontece uma disputa entre dois Mestres de Cerimônias, ou seja, duelo de rimas."
Lorena: "Já ouvi falar e compareci ao evento algumas vezes. Um evento muito interessante e muito necessário para fortalecer a cena urbana de bh, e ajudando na descriminalização do RAP julgado muitas vezes como algo ruim pela sociedade, inclusive em BH, onde possuímos um governo e prefeitura que por diversas vezes procuraram barrar o evento. O viaduto foi um lugar conquistado para realiza-lo, e devido as suas características de baixo centro se tornou a identidade do duelo de MCs, onde rappers (não sei como escreve) conseguem mostrar o talento através de suas rimas. No evento rola competições entre mc’s que duelam suas rimas até chegar a um único ganhador, incluindo mulheres também, ajudando mais uma vez a quebrar paradigmas sociais criados onde a mulher não representa o RAP."
Marcus: "Já era do meu conhecimento a existência do evento em Belo Horizonte, porém não sabia a localização do mesmo na cidade. Consequentemente nunca compareci a nenhuma das edições."
Ronaldo: "Eu já tinha ouvido falar, sei mais ou menos como é, e você pode se surpreender positivamente com o evento. São pessoas de todos os tipos juntas para assistir a arte dos MCs."
Patrícia: "Eu já ouvi falar. Eu tenho alguns amigos que frequentam, mas eu mesmo nunca fui."

21/05: Pauta #2 para Reportagem

Tema: "FESTIVAL CIDADE VIVA"

Responsável pela Pauta: Marcus Vinícius
Equipe: Caroline, Arthur, Henrique, Marcus e Ronaldo.

Equipamentos: Cadernos de Anotações, Câmera para registro fotográficos e Celular para agilidade em possível ocasião de entrevista.

Data e Horário: Domingo, 22/05/16, a partir das 10hs
Ponto de Encontro da Equipe: Entrada do Evento - Rua da Bahia com Rua dos Tamôios.

Abordagem: Esta cobertura hiperlocal visa mostrar o dinamismo cultural do Festival que tem como sede o Viaduto Santa Tereza. Em sua terceira edição o "Festival Cidade Viva" tem tudo para ser o maior de suas primeiras edições. A matéria pretende também levantar como o Viaduto Santa Tereza pode se tornar cada vez mais um local sede de grandes eventos em Belo Horizonte, expandindo a cada dia que passa a sua importância no cenário cultural da cidade.
Justificativa: A contribuição dessa matéria para o recorte hiperlocal é a de mostrar a grande relevância de um grande evento municipal que se encaixa perfeitamente no local escolhido como sede, mas também como o próprio Viaduto é de fácil acesso a todos da capital mineira, se situando na região central da cidade. 

Entrevistados: Alexsander da Silva Alfredo. Gabriela de Oliveira Ramalho Souza.
Imagens fundamentais: Acessos e Sinalizações do Evento, e Distribuição das Atrações e Atividades.

Conhecimento Prévio por Parte da Equipe
Arthur: "Já tinha ouvido falar, mas nunca fui nesse evento."
Caroline: "Já tinha ouvido falar, mas nunca fui neste evento."
Henrique: "Não, só poderei ir no Duelo, como havia combinado."
Lorena: "Ainda não obtive informações sobre o evento, pois por conhecer melhor me foquei no duelo de MCs
Marcus: "Não tinha ouvido falar e como consequência nunca frequentei o evento. No entanto ao ler à respeito fiquei bem animado para estar indo ao mesmo."
Ronaldo: "Eu nunca tinha ouvido falar do evento."
Patrícia: "Eu não conhecia o evento."